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Jardim António José de Almeida
Jardim localizado no centro da cidade, junto à margem esquerda do Rio Fervença, confina com a Rua da República, o edifício do Conservatório Municipal e Centro Cultural e a rua Doutor António José de Almeida.
Este espaço verde toma o nome do político republicano português, natural de Penacova, António José de Almeida (1866-1929), que foi o sexto presidente da República Portuguesa eleito em 1919. A sua construção foi concluída em 1935.
A partir da data da sua conclusão, o jardim passou a funcionar como local privilegiado de passeio da população e para a realização de diversos eventos culturais e políticos, verbenas, festas e feiras, que até então ocupavam o espaço da Praça da Sé. O atual coreto veio substituir o existente na referida praça que foi demolido em 1931. Ao longo de vários anos o jardim foi palco de diversos eventos como, as Festas da Cidade e as feiras do Livro, das Cantarinhas, do Artesanato, Dia da Criança e Dia do Ambiente. Em tempos neste mesmo espaço e no período estival, chegaram a realizar-se sessões de Bingo.
A configuração atual reflete as diversas intervenções que este espaço sofreu ao longo do tempo com o objetivo de melhorar as condições de fruição pela população.
Encontra-se dividido em duas zonas. Ao patamar superior tem-se acesso por escadaria, tanto a partir da Rua da República como desde a zona inferior confinante com a Rua Doutor António José de Almeida. O nível inferior corresponde à zona mais nobre do jardim, onde se encontram instalados, na sua maioria, os equipamentos de apoio e a vegetação.
No patamar superior distinguem-se três áreas: a área central na qual está implantado um busto do Abade de Baçal, datado de 1935, rodeado por uma zona pedonal empedrada e com um canteiro frontal; e duas áreas laterais uma cimentada e outra plantada de árvores com o solo coberto de gravilha, onde em tempos houve um parque infantil.
Na zona inferior que se acede tanto por escadaria como diretamente pela Rua Doutor António José de Almeida, para além da vegetação, destacam-se um coreto, um chafariz, várias esculturas de José Pedro Croft (datadas de 2003) e painéis de azulejos. Outrora o jardim estava limitado e separado da Rua Doutor António José de Almeida por uma sebe alta de piracanta (Pyracantha coccinea), que foi removida, abrindo o espaço ao rio.
A vegetação dominante corresponde a séries de árvores alinhadas e a árvores podadas em formas arbustivas arredondadas e piramidais. Diversas espécies arbustivas e herbáceas encontram-se plantadas em canteiros de formas geométricas, regulares, por vezes com traçado simétrico, limitadas por buxo em poda curta, formando bordaduras e rodeadas de relva. Tílias frondosas dominam o espaço e por isso as Tiliáceas são a família botânica de maior importância no jardim. As árvores antigas e de grande porte são refúgio de aves e proporcionam boa sombra no Verão, para além de intenso perfume durante a época de floração. Destacam-se também vários áceres, família das Aceráceas. Contudo o estado sanitário e a má conformação de alguns dos exemplares refletem a idade das árvores e antigas intervenções menos ajustadas a uma correta manutenção.
Neste espaço é notória também a presença de um velho teixo, família das Taxáceas, e de uma única magnólia, família das Magnoliáceas, cuja abundante e vistosa floração e frutificação é um dos pontos fortes do espaço. Atualmente ambos os exemplares evidenciam alguns problemas sanitários e de manutenção que afetam o porte destas duas espécies e prejudicam o seu natural interesse ornamental.
No patamar superior confinante com a Rua da República encontra-se uma plantação recente de cerejeiras-do-Japão (família das Rosáceas).
A vegetação com forma arbustiva corresponde a várias espécies arbóreas de folhagem vistosa e persistente, principalmente da família das Cupressáceas, mas também alguns exemplares de Pináceas e de Oleáceas. Trata-se de espécies interessantes do ponto de vista ornamental mas que se encontram podadas em formas geométricas, pelo que apresentam portes arbustivos que não superam 1,5m de altura. A manutenção destas formas arbustivas exige poda intensa, o que dificulta a sua identificação específica.
No interior dos canteiros, para além de espécies arbustivas e arbóreas são sazonalmente plantadas várias espécies herbáceas com floração vistosa e colorida, que, juntamente com a floração das roseiras e de duas antigas árvores-de-Júpiter Lagerstroemia indica (família das Litráceas), contrastam com as várias tonalidades de verde dos diferentes tipos de folhagem persistente das espécies arbustivas, e fazem a nota de cor do espaço verde, principalmente durante a Primavera e o Verão. Também notável o ambiente cromático do jardim no Outono, proporcionado pela tonalidade amarelada da folhagem das tílias e dos áceres, principalmente quando a luz solar atravessa as copas densas.
Este jardim encontra-se particularmente bem equipado para a estância e a fruição da população, com diversos bancos largos em madeira, permitindo o plácido desfrute do conforto da sombra no Verão e de um conjunto de elementos estéticos e, por vezes, lúdicos como o coreto e a fonte central. Dispõe também de sanitários públicos.
Neste espaço, em particular junto ao coreto, é frequente a prática de jogos tradicionais como o fito e as cartas.