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Jardim da Estação Rodoviária
Implantado junto a um dos mais emblemáticos edifícios da cidade, a antiga Estação do caminhos-de-ferro, edifício datado do início do século XX, este jardim foi implantado na sequência da construção do viaduto e da reconversão da envolvente do edifício, onde atualmente funciona a estação rodoviária de Bragança.
Este espaço verde da autoria do Arquiteto Carlos Praça do Gabinete de Arquitetura e Serviços, Lda. ficou concluído em 2004. Desenvolve-se entre a rua da Estação e a rua de Vale de Álvaro, prolongando-se até à Avenida das Forças Armadas.
Está estruturado em diferentes talhões que envolvem tanto o parque de estacionamento como os apeadeiros e os edifícios, comunicando entre si através de zonas pedonais. O espaço é percorrido por caminhos empedrados e escadas, acedendo-se por vários pontos a partir das vias de circulação confinantes. Do ponto mais alto, junto ao cais de embarque para viagens de longo curso, pode apreciar-se um interessante panorama da parte nova da cidade, da serra de Montesinho e da Lombada.
A vegetação distribuída por vários talhões ao longo do espaço é, fundamentalmente, constituída por diversas espécies de porte arbóreo, arbustivo e herbáceo, muitas plantas perenes de cobertura, que sobressaem principalmente pelos tons e formas da folhagem, a que acresce a floração abundante de algumas dessas espécies.
Neste espaço privilegiaram-se espécies arbustivas resistentes a condições climáticas rigorosas como as que se fazem sentir no local, sobretudo devido à exposição a ventos, geada e insolação. Estas espécies têm tendência para formar uma boa cobertura do solo, sempre que mantidas em bom estado.
A distribuição aleatória das espécies pelos vários talhões que integram o espaço, tirando partido de portes e formas, proporciona zonas homogéneas que contrastam entre si e que apesar disso apresentam uma continuidade ao longo das zonas pedonais.
Salientam-se pela floração, frutificação e policromia da folhagem várias espécies da família das Rosáceas como os diferentes tipos de cotoneaster, a Potentilla fruticosa, a Pyracantha coccinea, o Crataegus monogyna de flor rosada e as cerejeiras de porte chorão que foram plantadas em canteiros individuais. Nalguns talhões são particularmente interessantes os bosquetes de loureiros (Laurus nobilis), as coberturas de caluna-de-folhagem-dourada (cultivares de Calluna sp.) e os maciços de azáleas (Rododendron spp.).
As Berberidáceas também se encontram profusamente representadas pelas mahonias, de floração exuberante, e pelas berberis, de folhagem vermelha e verde. Também as Oleáceas e as Hidrangeáceas presentes, lilaseiros (Syringa vulgaris) e silindras (Philadelphus coronarius), respectivamente, contribuem com floração aromática muito interessante.
As Cupressáceas com a sua folhagem sempre verde e o seu porte cónico ou piramidal destacam-se da restante vegetação e correspondem a vários exemplares de zimbros (Juniperus spp.) e de cedro-do-Oregon (Chamaecyparis sp.).
Ocupam ainda um espaço apreciável outras espécies com interesse aromático como as alfazemas, que alternam com hipericão de jardim usado em manchas extensas, e que por isso proporcionam um ambiente agradável durante a floração.
Espécies menos frequentes em jardins públicos também podem ser observadas aqui, incluindo os bambus (botanicamente difíceis de determinar, mas eventualmente do género Phyllostachys resistente ao frio e do género Bambusia amplamente cultivado), a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o jasmim (Jasminum fruticans), o mirtilho (provavelmente Vaccinium corymbosum), a veigela (Weigela Jlorida) e o medronheiro (Arbutus unedo). Os exemplares de bambus foram instalados em canteiros de acesso limitado ou junto aos pontos de água.
As restantes espécies encontram-se dispersas nos patamares que envolvem o Museu Ferroviário e o Parque Infantil.
A maioria dos exemplares foi instalada há relativamente pouco tempo pelo que ainda não é possível admirar todo o potencial que este tipo de vegetação permite quando se encontra num estado de desenvolvimento mais evoluído e quando mantida de forma adequada.
Trata-se de um espaço com diversas funções, que dispõe de múltiplos elementos, incluindo, um Museu Ferroviário, um Parque Infantil e uma zona de lazer, tirando partido das antigas vias do caminho-de-ferro onde foram instalados bancos com rodas, vários pontos de água formando repuxos, apeadeiros para transportes locais e de longo curso, esplanadas, um parque de estacionamento e serviços de apoio aos viajantes.