“O dia em que Deus começou a desmontar o mundo” – vencedor do I Prémio Literário Professor Adriano Moreira
Conteúdo atualizado em2021/06/1920:18
“Às vezes, Dumba deixava-se possuir pelas memórias. Nessas alturas, o tempo não contava. O passado e o presente confundiam-se, como acontecia nas cabeças de alguns velhos. Volta, agora, a ter em frente o velho Muvandi e escutava-lhe as palavras”.
Assim inicia o livro “O dia em que Deus começou a desmontar o mundo”, de António Trabulo, vencedor da primeira edição do Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira e apresentado, oficialmente, no dia 19 de junho, na Sala de Atos do Município de Bragança, numa cerimónia que iniciou com a atuação de Ana Carvalho e Tiago Rodrigues, do Conservatório de Música e de Dança de Bragança.
Através da obra, o autor, neurocirurgião aposentado nascido em Almendra (Vila Nova de Foz Côa), recorda as relações entre brancos e negros, desde a primeira Grande Guerra Mundial até aos anos 90, tendo sido escrito, como se pode ler no prólogo, “sobre duas formas diversas de encarar o mundo”.
O Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira, cuja segunda edição se encontra a decorrer, estando em fase de avaliação os trabalhos candidatados, visa, assim, incentivar a promoção e a criatividade literárias, no âmbito da temática da Lusofonia, valorizando as relações culturais entre Instituições Culturais de Países de Língua Oficial Portuguesa.
“Com a criação deste prémio, pretendemos, também, divulgar e prestigiar a obra de autores que cultivam a diversidade dos valores culturais e identitários dos povos da Lusofonia”, destacou o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, acrescentando que este prémio é “uma das várias formas que encontrámos para homenagear a Lusofonia e que terá o seu auge na inauguração do Museu da Língua Portuguesa”.
O Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira é promovido pelo Conselho de Curadores da Biblioteca Adriano Moreira.