Conteúdo atualizado em11 de julho de 2022às 12:14
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Claramente influenciada pelo século que a viu nascer, José Fernandes revela-se atenta ao mundo que a rodeia, concentrando-se no acessório e no pormenor que a muitos escapa mas a ela espanta.
O ser humano surge, assim, através de cores vivas e emoções à flor da tela em manifestações surrealistas do seu consciente, como animal ou até mesmo numa mistura completa onde a pele e as entranhas se diluem na construção de uma natureza ímpar, como que um feroz sonho pintado.
Entre o ócio, o feio e a futilidade encontra-se também o belo e o terno que Josete Fernandes procura entre rostos de calor transmontano ou imagens onde a roupa (não) começa e a pele (não) acaba, numa (falsa) liberdade entre aquilo que somos e aquilo
que mostramos.
As suas obras mostram-nos, assim, um inconformismo pertinente que quer tocar o interior de cada um sem o compreender de facto, ensinando-nos que o verdadeiro prazer está na procura. (Texto de Tito Pires)