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Jardim da Câmara Municipal
Este espaço verde foi construído na zona onde em tempos se erigia o Forte S. João de Deus, também conhecido por Forte de Cavalaria, cuja fundação remonta ao terceiro quartel do século XVII, apresentando então uma planta quadrangular.
Este espaço sofreu várias alterações, sendo o seu formato atual resultado de uma intervenção datada de 1991 da responsabilidade do Arquiteto Adérito Morais.
Jardim localizado junto ao edifício da Câmara Municipal de Bragança, desenvolve-se desde o cruzamento da Rua Afonso V com a Avenida 22 de Maio, subindo na direção da Rua Doutor Manuel Bento.
Está dividido em diversos sectores: dois que ladeiam a estrada que conduz ao edifício principal; um separador triangular com o brasão do município; um nó de ligação, em frente à entrada nobre do edifício, com escadaria central de acesso à porta principal; vários canteiros ladeando a entrada do edifício; e um canteiro lateral, que confina com as instalações da antiga Junta Autónoma de Estradas (EP - Estradas de Portugal) fazendo a ligação com a zona de acesso ao parque de estacionamento e edifícios secundários, nas traseiras do edifício principal.
Os sectores mais extensos são os canteiros longitudinais que acompanham a estrada de acesso ao edifício principal (Rua D. Afonso V), onde também está instalado o mobiliário urbano. Nestes espaços laterais encontram-se traçados diversos canteiros de forma triangular, limitados por buxo, e por vários caminhos em gravilha que percorrem todo o espaço, funcionando como corredor de acesso às zonas superiores e permitindo o lazer e repouso. Principalmente durante o Verão, é uma área bastante atraente pela aprazível sombra proporcionada pelas espécies arbóreas.
Quando observado de vários pontos da cidade, a estrutura e geometria deste espaço verde sobressai na paisagem e beneficia o impacto provocado pela rigidez e formalidade do edifício. Na altura do Natal e durante as Festas da Cidade as árvores de folha persistente são frequentemente ornamentadas com luzes decorativas.
A zona arborizada e ajardinada é dominada por vegetação arbórea, uma mistura agradável de resinosas e folhosas. Séries de árvores alinhadas ou formando grupos, bem como arbustos e espécies arbóreas podadas em formas arbustivas, prismáticas, arredondadas e piramidais são também uma nota marcante do espaço. Na zona central, as espécies arbóreas e arbustivas encontram-se implantadas em canteiros de forma triangular e dimensão variada, por vezes limitados por buxo em poda curta, formando bordaduras e rodeados de relva. Algumas arbustivas ou arbóreas em topiaria encontram-se plantadas em canteiros de pedra que acompanham a escadaria principal e as zonas contíguas à entrada principal do edifício.
Ao longo das faixas laterais, desenvolvem-se longitudinalmente vários canteiros estreitos também com buxo formando bordaduras. No seu interior para além de várias espécies arbóreas e arbustivas, estão plantadas roseiras e diversas espécies herbáceas, como por exemplo, amores-perfeitos, margaridas e petúnias, que variam de acordo com a época do ano.
O brasão do município está traçado num canteiro relvado. Encontra-se desenhado em relevo com buxo (Buxus sempervirens) podado em sebe baixa, preenchido por evónimo (Euonymus japonicus) no topo, berberis púrpura (Berberis thunbergii), no escudo central, e por herbáceas anuais, como petúnias ou begónias, no topo, na base e nos lados do escudo. O nome da cidade encontra-se desenhado e talhado também em buxo.
As espécies mais vistosas do espaço repartem-se por diversas famílias botânicas. Várias Pináceas e Cupressáceas ressaltam pela imponência do seu porte, forma da copa e cor da folhagem. São exemplo, as pseudotsugas (Pseudotsuga menziesii), os cedros (Chamaecyparis lawsoniana e Cupressus lusitanica) e os vários zimbros (Juniperus spp.) e tuias (Thuja orientalis) no nó de ligação. Nas zonas laterais dominam as folhosas, das famílias Tiliáceas, Platanáceas e Leguminosas. Tanto as tílias e os plátanos, como as olaias (Cercis siliquastrum) e as acácias-de-Constantinopla (Albizia julibrissin) ou até mesmo os aceres (sobretudo Acer negundo) conferem, nas várias épocas do ano, intenso colorido ao espaço, tanto pelas tonalidades da folhagem como pela sua intensa e atrativa floração e/ou frutificação.
Nos espaços laterais que acompanham o troço da Rua Afonso V, para além das espécies arbóreas já mencionadas, também se encontra vegetação com forma arbustiva principalmente da família das Rosáceas, mas também alguns exemplares de Cupressáceas e de Rutáceas. Trata-se de espécies interessantes do ponto de vista ornamental quer pela folhagem lustrosa e vistosa, quer pela intensa e colorida floração, alguma dela bastante aromática como no caso da mangeriqueira (Choysia ternata), da cerejeira-de-folha-persistente (Prunus laurocerasus) e do marmeleiro-de-jardim (Chaenomeles japonica). São podados em formas geométricas, pelo que apresentam porte arbustivo que não supera 2 m de altura. Principalmente no caso das Cupressáceas, a severa poda a que tem de ser submetidas para manter a forma dificulta bastante a sua identificação específica.
As características deste local, que no Verão se encontra, na sua quase totalidade, ao abrigo do sol, fazem deste espaço um lugar ideal para o repouso e o desfrute da sombra, com a possibilidade de utilização dos bancos presentes.