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2.ª Festa da Castanha



























Decorreu este fim de semana, em Meixedo, a 2.ª Festa da Castanha, organizada pela União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo (UFSSMM).
O certame contou com vários expositores e diversas atividades, entre as quais uma montaria ao javali, uma mesa redonda, um Passeio BTT, uma demonstração mecânica da apanha da castanha, uma palestra sobre a castanha como valorização da Gastronomia, pelo chefe Flávio Gonçalves, e o tradicional magusto. O evento terminou com a entrega de prémios do Concurso da castanha e do Concurso de doces de castanha. A animação esteve ao cargo do Grupo Granus Barbela e Marco Paulo.
Castanheiros e castanha
Sendo a castanha o ouro transmontano, muitas são as preocupações com a manutenção e valorização deste produto que foram abordadas na mesa redonda, subordinada ao tema “Castanheiros e castanha – passado, presente e futuro”.
A moderação coube ao Presidente da UFSSMM, e contou com a presença de Manuel Ângelo Rodrigues, Paula Rodrigues e Rosalina Marrão, docentes do IPB, e Eugénia Gouveia, do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos – CNCFS.
Manuel Ângelo Rodrigues iniciou o debate, mencionando a importância das análises dos terrenos, isto é, o diagnóstico correto da fertilidade do solo e do estado nutricional da lavoura, com vista a uma fertilização adequada dos terrenos. Os soutos precisam de fertilizantes compostos por Azoto, Boro e Potássio e, eventualmente, fósforo, para conseguirem produzir mais castanhas. Considera que não podemos retirar nutrientes ao solo, sem que estes sejam repostos.
Eugénia Gouveia fez uma avaliação diacrónica das doenças do castanheiro, que surgiram na transição do século XVIII para o XIX, no Minho. Terminou lançando um desafio à UFSSM, tendo em vista a proteção dos castanheiros velhos, centenários, considerando que os agricultores devem mobilizar-se para mantê-los, pois, disse que a tinta era mais complicada do que o cancro.
Rosalina Marrão, por sua vez, referiu-se às novas pragas, nomeadamente à vespa-das-galhas-do-castanheiro, nativa da China, que entrou, mais uma vez, pelo Minho, e não demorou a chegar a Trás-os-Montes. O combate a esta praga disse ter tido início em 2018, com o apoio da Câmara Municipal de Bragança, e que o método mais adequado passava pelas largadas.
Paula Rodrigues abordou a questão da podridão da castanha, uma doença da castanha e não do castanheiro e que é causada por um fungo que se expande pela planta. Acrescentou que a doença existe desde 2018, mas que, no ano passado, a incidência chegara aos 85%.