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Homenagem ao Cabo Aníbal Jardino
Realizaram-se em Bragança, nos dias 2 e 3 de novembro, as cerimónias de homenagem ao jovem bragançano Cabo artilheiro Aníbal Jardino, falecido heroicamente na defesa do Estado Português da Índia, a 18 de Dezembro de 1961, combate que pôs termo a 450 anos de possessão portuguesa na Índia. As cerimónias foram organizadas pela Câmara Municipal de Bragança, pela Armada e pela Liga de Combatentes.
No dia 2 de novembro, o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º António Jorge Nunes, e o Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Carvalho Abreu, depositaram uma coroa de homenagem aos militares falecidos, no Talhão dos Combatentes no Cemitério do Toural. A visita contou com a presença de fuzileiros da Guarda Honra e do terno de clarins da Fanfarra da Armada.
No dia 3 de novembro, decorreu a cerimónia militar junto ao elemento escultórico de homenagem ao Cabo artilheiro Aníbal Jardino, no Parque do eixo Atlântico (inaugurado a 18 de dezembro de 2004), onde o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º António Jorge Nunes, e o Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Saldanha Lopes, depositaram uma coroa de flores.
Da parte da tarde, foi inaugurada, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, a exposição “Os Últimos Combates da Índia”, através da qual se pode reviver os últimos momentos de combate que puseram termo à presença portuguesa naquele território. Esta inauguração foi precedida da apresentação do catálogo e abertura da mostra “Aprende-se Fazendo”, de Amândio dos Anjos Gomes, onde dá a conhecer algumas das suas esculturas (executadas artesanalmente a partir de diversos materiais, como madeiras de buxo, nogueira, oliveira e cerejeira, mármores de Donai e do Transbaceiro, entre outros).
A homenagem ao Cabo artilheiro Aníbal Jardino culminou com uma sessão cultural evocativa do Combate da Lancha “Vega", no Teatro Municipal de Bragança, durante a qual o Presidente da Câmara agradeceu o empenho das entidades envolvidas e recordou a bravura e coragem do Cabo Aníbal Jardino. Seguiram-se as intervenções do Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Saldanha Lopes, e do Professor Adriano Moreira que lembrou o contexto em que a União Indiana atacou o território da Índia Portuguesa de Diu.
Num momento seguinte, sob a coordenação do capitão de mar e guerra, Comandante Vitoriano Cabrita, três marinheiros sobrevivos da Lancha “Vega" recordaram o combate de 18 de dezembro de 1961, durante o qual faleceu o Cabo Aníbal Jardino.
A sessão cultural terminou com o brilhante concerto da Banda da Armada, que contou com a participação da cantora Dulce Pontes, onde foi apresentado, em estreia, o arranjo musical para a obra oitocentista de Ângelo Frondoni, intitulado “Bragança Valsa – Capricho”.
As cerimónias de homenagem ao Cabo artilheiro Aníbal Jardino contaram, ainda, com a presença do Diretor da Comissão Cultural da Marinha, Almirante Vilas Boas Tavares, do Presidente da Liga dos Combatentes, General Chito Rodrigues, do Presidente da Liga dos Combatentes de Bragança, Dr. Adriano Jesus, do subdiretor geral do Gabinete Nacional de Segurança, capitão de mar e guerra José Manuel Chiotte Lopes da Silva, do Presidente da Assembleia Municipal de Bragança, Dr. Luís Afonso, outros autarcas, de sobrinhas do Cabo Aníbal Jardino e de representantes de diversas instituições, entre outros.
Recorde-se que, a 18 de dezembro de 1961, faleceu em combate, ao serviço de Portugal durante o ataque da União Indiana ao território da Índia Portuguesa de Diu, o Cabo artilheiro Aníbal Jardino. Embarcado na Lancha “Vega”, comandada pelo Segundo-Tenente Oliveira e Carmo, o Cabo, juntamente com os seus companheiros, combateram, numa luta desigual, a aviação e a marinha indianas que se avistavam da fortaleza de Diu.
Postumamente, o Cabo Aníbal Jardino foi condecorado com a Medalha de Cobre de Valor Militar com Palma, pela coragem, entrega e espírito de sacrifício revelados durante o combate
A forma como toda a guarnição da Lancha “Vega" combateu, numa luta desigual, contra a marinha, equipada com porta-aviões, e várias aeronaves indianas, à vista da velha fortaleza de Diu, constitui, ainda hoje, uma das páginas mais brilhantes da História da Marinha Portuguesa.
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