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Mensagem de Ano Novo
Mensagen de Ano Novo do Presidente da Câmara Municipal de Bragança
No inicio do ano de 2010, que coincide com o inicio de um quarto mandato autárquico em que o povo bragançano nos conferiu consecutivamente estabilidade para governar, pretendo reafirmar o meu compromisso de plena dedicação e entusiasmo com o presente e o futuro da nossa terra.
É reconhecido que nos últimos anos Bragança têm reforçado a sua identidade, histórica, cultural e ambiental, promovido importantes transformações urbanas, criando Cidade com melhor mobilidade, melhor ambiente, melhor oferta cultural e de lazer (antes privilégio das grandes cidades), melhor planeamento global, reforçando a cidadania.
Importa destacar a evolução e o estímulo que o ensino superior trouxe à Cidade e à região pelos efeitos que a concentração da população jovem representa e pelo reforço das qualificações humanas.
A economia cresceu, adquirindo maior sustentabilidade e abertura, sendo de destacar o facto de em 2009, a nível nacional, a duas empresas de Bragança na área da metalomecânica, lhes ter sido atribuído o primeiro prémio na classe das grandes empresas e na das pequenas e médias empresas, facto impensável há muito poucos anos atrás.
Com as iniciativas que temos vindo a promover, de abertura política, utilizando a cooperação transfronteiriça e regional, consolidando a participação institucional em entidades regionais onde se desenham estratégias de cooperação e desenvolvimento, garantimos melhores condições para vencer o conceito de periferia e consolidar uma abertura crescente aos mercados, fortalecendo a dimensão externa das relações sociais e económicas, preparando-nos para ganhar com o reforço da conectividade externa, ao nível rodoviário, ferroviário e aéreo.
O caminho que temos vindo a fazer, de reforço da atractividade e competitividade da Cidade, como âncora da região em termos sociais e económicos deverá ser consolidado ao nível do planeamento estratégico, visto à Cidade ser colocado o desafio de um crescente protagonismo no desenvolvimento económico, social e cultural da região.
A tendência global continua a ser a do reforço do crescimento das cidades, da urbanização crescente da população, da competição global pelos recursos e, por isso, as cidades continuarão a acolher as instituições políticas, económicas, de conhecimento e do saber, a inovação e a criatividade.
Importa pois compreender que o processo geral da globalização impõe pressão competitiva directa sobre os territórios e as cidades e que Bragança se obriga a fortalecer o seu posicionamento estratégico como Cidade de Equilíbrio Regional.
Não será possível ao País abdicar da construção no interior de uma rede de cidades de média dimensão, dotada de factores de coesão e competitividade, no sentido do reequilíbrio territorial da população e da economia, de modo a contrariar o ciclo prolongado de concentração no litoral da economia e da população e de abandono do interior, território de oportunidade e de interface com o país vizinho.
Não podemos omitir a situação das dificuldades em que o País se encontra e que em tempos de crise, são as regiões mais pobres as que mais sofrem, assim tem sido nas últimas décadas e por isso as desigualdades se têm acentuado. Apesar dos fortes condicionamentos ao desenvolvimento, não podemos deixar de manter a esperança e o empenhamento colectivo no sentido de assegurar boas políticas que garantam evolução, resultados positivos, qualidade e estabilidade na nossa comunidade, nas instituições e nas empresas.
O presente e o futuro de Bragança apelam ao envolvimento firme de todos os cidadãos, com as suas competências e disponibilidade, concentrando recursos de forma selectiva em torno de uma estratégia de crescimento, justa e sustentável, assim como do necessário reforço da cidadania.
António Jorge Nunes