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Presidente da Câmara pede mais e melhor saúde
Conselho de Administração da ULS Nordeste tomou posse.
No dia 22 de fevereiro, tomou posse o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, numa cerimónia que decorreu no Auditório Paulo Quintela e que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º António Jorge Nunes, do Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, e do Presidente da ARS Norte, Dr. Castanheira Nunes, entre outros.
Aproveitando a vinda do governante que tutela uma das áreas “mais importantes para as populações e que mais pode contribuir para o combate à desertificação”, o Presidente da Câmara Municipal relembrou que “a eliminação continuada ou a redução de serviços de proximidade tem contribuído para o desordenamento do País e agravado as assimetrias, afetando as populações do Interior, sendo que consideramos que o Sistema de Saúde Público no distrito tem de contribuir mais para se inverter este ciclo vicioso”.
Dirigindo-se ao Ministro da Saúde, o Presidente da Câmara Municipal de Bragança deu-lhe a conhecer seis das principais preocupações na área da saúde verificadas no distrito, como:
1– Emergência Hospitalar
Considera-se imprescindível manter as 24 horas de funcionamento do serviço de helicóptero estacionado em Macedo de Cavaleiros, para servir Trás-os-Montes e Alto Douro. Sendo o segundo meio mais utilizado a nível nacional, é um equipamento prioritário de emergência em que o tempo de evacuação é crítico e que pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
2 - Transporte de doentes
O transporte de Doentes não urgentes é assegurado, maioritariamente, pelos Bombeiros. Contudo, verifica-se um tratamento diferente que favorece, através de uma remuneração significativamente superior para o mesmo tipo de serviço, o transporte feito pelas Associações de Bombeiros da Grande Lisboa, estando prejudicadas as restantes, em particular as que atuam em territórios de baixa densidade, situação que poe em causa a sua sustentabilidade, capacidade e qualidade do transporte.
Já no caso de Doentes urgentes, as ambulâncias que transportam doentes em situação de urgência, regressam imediatamente à base, ficando o doente sem transporte público e por conta própria, após alta médica.
3) – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
A este nível, a ULSN tem das mais graves insuficiências e são a sua principal fragilidade.
A maioria dos exames deveria estar imediatamente acessíveis no próprio serviço, o que obriga doentes a fazer até 600Km de deslocação.
4) – Infraestruturas e recursos tecnológicos da ULSN
Projetado nos anos sessenta, o Hospital sede da ULSN serve o triplo da população prevista, pelo que a infraestrutura atual é insuficiente e está desajustada, como comprova a forma precária e inaceitável de deslocação de doentes entre o edifício da medicina e o bloco principal.
A Unidade Hospitalar sede da ULSN precisa, ainda, urgentemente de um novo Bloco Operatório.
Sem condições físicas e tecnológicas suficientes, para além do condicionamento de direitos aos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde em condições, está também em causa a cativação e fixação de profissionais de saúde de que a região tanto carece.
5) – Necessidades de Especialidades Médicas na ULSN
O Sistema carece de especialidades fundamentais como a Cardiologia, pois os doentes de enfarte ou de acidente cardiovascular não podem, de forma generalizada, ser conduzidos para Vila Real e Porto. A taxa de mortalidade no Nordeste é 58% superior à média nacional e para o concelho mais afastado da ULS, o de Freixo de Espada à Cinta, a cerca de hora e meia de transporte de Bragança, a taxa de mortalidade é 2,7 vezes superior à média nacional.
Também nas consultas externas é necessário colocar especialidades como Hematologia Clínica; Dermatologia e Neurocirurgia, entre outras.
6 – Financiamento e sustentabilidade da ULSN
Todos os aspetos salientados remetem para a questão da interioridade e da discriminação negativa imposta a esta Unidade de Saúde no âmbito do Contrato – Programa de financiamento. A ULS do Norte Alentejano, com área territorial inferior, população ligeiramente menos envelhecida, com menos serviços prestados, serviços concentrados numa só unidade, recebe, em 2012, mais 4 milhões de euros do que a ULS do Nordeste.
Após a cerimónia de tomada de posse do Conselho de Administração da ULSN, foram visitadas parte das instalações da unidade hospitalar de Bragança.
Aproveitando a vinda do governante que tutela uma das áreas “mais importantes para as populações e que mais pode contribuir para o combate à desertificação”, o Presidente da Câmara Municipal relembrou que “a eliminação continuada ou a redução de serviços de proximidade tem contribuído para o desordenamento do País e agravado as assimetrias, afetando as populações do Interior, sendo que consideramos que o Sistema de Saúde Público no distrito tem de contribuir mais para se inverter este ciclo vicioso”.
Dirigindo-se ao Ministro da Saúde, o Presidente da Câmara Municipal de Bragança deu-lhe a conhecer seis das principais preocupações na área da saúde verificadas no distrito, como:
1– Emergência Hospitalar
Considera-se imprescindível manter as 24 horas de funcionamento do serviço de helicóptero estacionado em Macedo de Cavaleiros, para servir Trás-os-Montes e Alto Douro. Sendo o segundo meio mais utilizado a nível nacional, é um equipamento prioritário de emergência em que o tempo de evacuação é crítico e que pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
2 - Transporte de doentes
O transporte de Doentes não urgentes é assegurado, maioritariamente, pelos Bombeiros. Contudo, verifica-se um tratamento diferente que favorece, através de uma remuneração significativamente superior para o mesmo tipo de serviço, o transporte feito pelas Associações de Bombeiros da Grande Lisboa, estando prejudicadas as restantes, em particular as que atuam em territórios de baixa densidade, situação que poe em causa a sua sustentabilidade, capacidade e qualidade do transporte.
Já no caso de Doentes urgentes, as ambulâncias que transportam doentes em situação de urgência, regressam imediatamente à base, ficando o doente sem transporte público e por conta própria, após alta médica.
3) – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
A este nível, a ULSN tem das mais graves insuficiências e são a sua principal fragilidade.
A maioria dos exames deveria estar imediatamente acessíveis no próprio serviço, o que obriga doentes a fazer até 600Km de deslocação.
4) – Infraestruturas e recursos tecnológicos da ULSN
Projetado nos anos sessenta, o Hospital sede da ULSN serve o triplo da população prevista, pelo que a infraestrutura atual é insuficiente e está desajustada, como comprova a forma precária e inaceitável de deslocação de doentes entre o edifício da medicina e o bloco principal.
A Unidade Hospitalar sede da ULSN precisa, ainda, urgentemente de um novo Bloco Operatório.
Sem condições físicas e tecnológicas suficientes, para além do condicionamento de direitos aos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde em condições, está também em causa a cativação e fixação de profissionais de saúde de que a região tanto carece.
5) – Necessidades de Especialidades Médicas na ULSN
O Sistema carece de especialidades fundamentais como a Cardiologia, pois os doentes de enfarte ou de acidente cardiovascular não podem, de forma generalizada, ser conduzidos para Vila Real e Porto. A taxa de mortalidade no Nordeste é 58% superior à média nacional e para o concelho mais afastado da ULS, o de Freixo de Espada à Cinta, a cerca de hora e meia de transporte de Bragança, a taxa de mortalidade é 2,7 vezes superior à média nacional.
Também nas consultas externas é necessário colocar especialidades como Hematologia Clínica; Dermatologia e Neurocirurgia, entre outras.
6 – Financiamento e sustentabilidade da ULSN
Todos os aspetos salientados remetem para a questão da interioridade e da discriminação negativa imposta a esta Unidade de Saúde no âmbito do Contrato – Programa de financiamento. A ULS do Norte Alentejano, com área territorial inferior, população ligeiramente menos envelhecida, com menos serviços prestados, serviços concentrados numa só unidade, recebe, em 2012, mais 4 milhões de euros do que a ULS do Nordeste.
Após a cerimónia de tomada de posse do Conselho de Administração da ULSN, foram visitadas parte das instalações da unidade hospitalar de Bragança.
Discurso do Sr. Presidente da CMB na tomada de posse do CA da ULS
Conteúdo atualizado em2015/03/1611:51