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- 120 anos depois, “A Revolta no Seminário de Bragança” foi eternizada em livro (romance histórico)
120 anos depois, “A Revolta no Seminário de Bragança” foi eternizada em livro (romance histórico)









Em 1904, no Seminário de S. José (então instalado no edifício onde hoje se situa a Biblioteca Municipal de Bragança), deu-se uma revolta dos seminaristas contra a rigidez e excesso de disciplina dos prefeitos e da reitoria. 120 anos depois daquele incidente, com enormes repercussões na época, aquele mesmo local acolheu, simbolicamente, o lançamento de um romance histórico que retrata “A Revolta no Seminário de Bragança”, da autoria de António Pinelo Tiza.
“Mais do que um romance, esta obra é um documento histórico, resultado de uma pesquisa aprofundada e séria, que retrata um episódio muito particular da história da nossa cidade”, enalteceu Paulo Xavier, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, durante a sessão de lançamento da obra. “O Município de Bragança apoia, sempre, a cultura e a produção literária dos vários autores brigantinos”, sublinhou.
A sessão contou, também, com a presença de Fernanda Vaz Silva, Vice-presidente da Câmara Municipal, António Pinelo Tiza, autor, Roberto Afonso, em representação da editora Âncora, e do Pe. Fernando Calado, responsável pela apresentação da obra.
- Sinopse da obra:
- “Pela meia-noite do dia 12 de dezembro de 1904, os alunos de Teologia do Seminário de Bragança revoltaram-se contra o vice-reitor e os prefeitos. Com o uso de machado, arrombaram portas e dispararam tiros de pistola, com o intuito de acederem à ala dos quartos destes superiores para os confrontarem com as normas disciplinares, consideradas excessivas. A mais gravosa delas era o seu encarceramento nos quartos, a que retiravam as chaves durante a noite.
- O acontecimento assumiu contornos políticos e sociais inimagináveis. Provocou um amplo debate nos jornais regionais e nacionais, deu azo a acesas discussões na Câmara dos Pares e dos Deputados, nos bispos contra os decretos do ministro da tutela, considerando-os regalistas, e chegou ao conhecimento da Santa Sé. Interveio o papa Pio X, proibindo o bispo de Bragança, D. José Alves de Mariz, de ordenar os seus seminaristas, vindo a levantar esta interdição apenas três anos mais tarde.
- Sempre bem estribado em documentos e nos jornais da época, o autor desenvolve toda uma trama, em modo de ficção novelística, sob o ângulo vivencial dos alunos teólogos do Seminário, numa abordagem aprofundada, baseada nas suas próprias vivências e conhecimento de seminarista teólogo que foi, há cerca de meio século.”