50 anos de Abril

50 anos de liberdade. 50 anos de democracia. 50 anos de Abril que Bragança comemora até ao mês de novembro, com o objetivo de recordar a importância da democracia e de uma sociedade mais justa e igualitária.

O principal dia da efeméride, em que se assinalam os 50 anos desde o 25 de Abril de 1974, iniciou com a recriação do percurso realizado há 50 anos, a 27 de abril de 1974, data em que aconteceu a primeira manifestação popular de apoio ao MFA, que iniciou e terminou na Praça da Sé e que teve o seu ponto alto na escadaria do antigo BC3 (atualmente entrada dos Órgãos da Autarquia) e onde foi içada a Bandeira Nacional, ao som do hino nacionl pela Banda Filarmónica de Bragança.

Seguiu-se a inauguração do “Mural de Liberdade”, da autoria dos artistas Draw e Contra – Projeto Ruído, promovido pelo Turismo de Portugal e Município de Bragança, no edifício do Centro de Memória Forte São João de Deus, onde decorreu a tradicional Sessão Solene, onde usaram da palavra o representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia e Uniões das Freguesias do concelho, os líderes de todas as forças políticas presentes na Assembleia Municipal, a Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, Cristina Ribeiro, e o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Paulo Xavier. Foi, ainda, exibido um vídeo que inclui testemunhos de pessoas que participaram na manifestação de apoio ao MFA.

“25 de abril, uma data que se reveste da maior importância para o país, pelos novos valores trazidos, em especial a conquista da liberdade e de um regime democrático, que marcou uma nova era e uma nova vivência para os portugueses”, referiu o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Paulo Xavier, durante a cerimónia, acrescentando que “Recentemente foi iniciado um novo ciclo político, pelo que estaremos empenhados em combater os conformismos e exigir uma política de proximidade com reforço da autonomia administrativa e financeira, capazes de permitir um maior desenvolvimento dos territórios da faixa interior de Portugal e não permitir que as suas gentes sejam secundarizadas face aquelas que habitam nos grandes centros populacionais”.

Seguiu-se a inauguração do Passeio da Liberdade. A obra, que representa um investimento na ordem dos 1,4 milhões de euros, liga a Estação Rodoviária à Ciclovia da Mãe d’Água.

As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril foram, também, assinaladas na aldeia de Alimonde, onde foi inaugurado o Centro de Convívio, e onde decorreu a tradicional caminhada da Liberdade.

O programa comemorativo do dia 25 de abril terminou com o concerto Canções de Abril, com as bandas “Red House”, “Banda Jota”, “Zé do Chapéu”, “Otávio” e “SKA”, na Praça da Sé, e o Ciclo de Ciclo de Cinema “Revolução (sem) Sangue”, de 2024, de Rui Pedro Sousa.