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Bragança: uma Viagem pela história judaica portuguesa

Depois da Torre do Tombo, em Lisboa, onde foi inaugurada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a exposição “Heranças, Vivências e Património Judaico em Portugal” está, agora, em Bragança.
A herança judaica, bem presente na cultura portuguesa e no nordeste transmontano, serve de mote à exposição “Heranças, Vivências e Património Judaico em Portugal”, promovida pela Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad, com o apoio do pelo Município de Bragança, patente desde o dia 10 de maio, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira.
Após a inauguração da mostra, foi apresentado “Terra(s) de Sefarad” - Encontros de Culturas Judaico Sefarditas, um evento internacional que terá lugar de 15 a 18 de junho de 2017, em Bragança.
Este evento internacional conta, assim, com um programa diversificado que integra um congresso, exposições, concertos, cinema e muitas outras atividades, contando já com a presença de vários nomes de referência, destacando-se Yasmin Levy, a mais conhecida e celebrada voz da música sefardita contemporânea.
Para além de promover o turismo cultural e religioso judaico, nacional e internacional, este evento procura, também, recolocar Bragança nas rotas internacionais, especialmente através da proximidade com Espanha, dando uma tónica significativa à vasta região do norte peninsular, materializando a própria cultura e identidade sefardita, onde este qualificativo se refere, não apenas a Portugal, mas a toda a identidade judaica oriunda da Península Ibérica.
Dando corpo ao facto de Bragança ser o centro de uma região incontornável para se compreender o património e a herança judaica em Portugal, possui, já, dois espaços culturais que refletem e valorizam essa memória: o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano e o Memorial e Centro de Documentação – Bragança Sefardita, ambos situados na Rua Abílio Beça, a já reconhecida “Rua dos Museus”.
O primeiro, com o projeto de arquitetura assinado por Eduardo Souto de Moura, integra a história da cultura sefardita do Nordeste Transmontano e conta com a investigação da Cátedra de Estudos Sefarditas «Alberto Benveniste» da Universidade de Lisboa e a museografia da Ideias Emergentes.
O Memorial e Centro de Documentação – Bragança Sefardita, em fase final de conclusão, com arquitetura de Susana Milão e Eurico Salgado, privilegia uma abordagem mista, material e virtual. O visitante é acolhido numa sinagoga, mostrando-se didaticamente a dimensão religiosa. O lugar da mulher, os ritos e as festas têm espaço consagrado nos restantes pisos, procurando-se sempre entender a dimensão da vida sefardita na cidade de Bragança.