-
Serviços e Informações
-
Notícias
- E se o urso-pardo voltar a Bragança?
E se o urso-pardo voltar a Bragança?











O avistamento e a passagem do urso-pardo por Bragança, em 2019, levou cientistas, biólogos e instituições a pensar sobre o futuro da espécie: a sua coexistência com o ser humano e, até, o seu possível regresso permanente ao território português (onde foi considerado extinto há mais de 150 anos).
Assuntos que o “Networking Event – Urso Pardo” traz a debate, entre os dias 28 e 29 de outubro, ao Auditório Paulo Quintela, em Bragança, numa conferência online para todo o mundo, com a opinião de especialistas nacionais e internacionais, incluindo membros da Comissão Europeia para a Proteção da Natureza. Esta reunião e partilha de conhecimento centra-se, sobretudo, a nível ibérico, debatendo o futuro transfronteiriço da espécie que, aos dias de hoje, se concentra em Espanha (na zona norte da Cantábria).
"A passagem do urso-pardo por Bragança constituiu-se como um marco importante para este território, pelo que o debate desta temática é essencial, no sentido de haver uma preparação na forma de agir e de estar perante a forte possibilidade de este acontecimento se poder repetir com frequência", referiu Hernâni Dias, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, durante a sessão de abertura do evento.
Vários estudos europeus indicam que o norte de Portugal tem áreas com habitat adequado para a recolonização pelo urso-pardo, designadamente a Zona Especial de Conservação de Montesinho/Nogueira, apesar da espécie ser considerada extinta em Portugal desde a primeira metade do século XIX. Atualmente, já não há memória coletiva deste grande mamífero e de como as pessoas interagiam com esta espécie, não obstante poderem ainda ser encontradas manifestações dessa interação no património construído, como muros de pedra desenhados para impedir o ataque a colmeias, que se mantêm como testemunho dos tempos em que humanos e ursos coexistiram.
O evento é coorganizado pela Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural, em conjunto com a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o Município de Bragança (MB) e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e apoiado pela iniciativa “Natura 2000 Biogeographical Process” da Comissão Europeia.
Mais informações disponíveis em: www.ursopardo.pt