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Inaugurado ‘Museu do Touro’ em Rio de Onor

Foi inaugurado, no dia 25 de novembro, o Museu do Touro, um Centro de Interpretação da aldeia de Rio de Onor, que apresenta ao visitante a possibilidade de descodificar os aspetos mais significativos da vida e história da aldeia, com especial ênfase para as particularidades que a destacam (o comunitarismo, a regência do Conselho, o touro do povo e as festas dos rapazes).
"Rio de Onor, que já é uma referência a nível turístico, ganha assim mais um local de visita obrigatória. Este espaço cultural pretende mostrar a relação comunitária e o modo de vida dos seus habitantes, através de vídeos e projeções de realidade virtual e imersiva. Todo este investimento que está a ser implementado na aldeia de Rio de Onor, ronda os 100.000,00€. De fazer referência ainda, que Rio de Onor é a primeira aldeia a nível nacional a ter um circuito digital, percurso este que está completamente equipado de Beacons, que permite ao utilizador ter acesso a uma vasta informação de todos os locais que passa, através de uma aplicação instalada no telemóvel. " disse Hernâni Dias, Presidente da Câmara Municipal de Bragança.
Este novo equipamento, localizado na “Casa do Touro”, onde antigamente vivia o Touro comunitário da aldeia, está divida em dois pisos: o primeiro, para além das fotografias do povoado no início dos anos 60, conta, na voz dos próprios habitantes, a história da aldeia. São também apresentadas algumas peças de cariz etnográfico, nomeadamente um traje de careto, a típica Filandorra e um par de máscaras, material que remonta ao princípio do século 20.
Há também, à disposição do público, óculos de realidade imersiva a 360°, com os quais é possível visualizar o espaço como se encontrava quando cumpria as funções de curral, com o respetivo touro.
No andar superior, o espaço é dedicado aos aspetos mais distintivos da vida comunitária, com destaque para o funcionamento do Conselho do Povo e da Vara da Justiça. Mais uma vez são os habitantes da aldeia que assumem o protagonismo, através das histórias e memórias que partilham. São exibidas 2 talas dos anos 20 do século passado, a canada com a qual se servia o vinho aquando das reuniões do Conselho, e a corrente que fechou a fronteira no pós 25 de Abril.
Acede-se igualmente neste piso ao Centro Documental de Rio de Onor, que colige e disponibiliza informação sobre a aldeia, muita da qual inédita. Integra o espólio fotográfico cedido pelo Arquiteto Sérgio Fernandez (fotografias a preto e branco e diapositivos a cores), atravessando um período de 30 anos (1962-1992), bem como o levantamento arquitetónico do povoado em 1962. Fazem parte igualmente deste acervo os documentários realizados por Michel Giacometti.
Existe igualmente uma mesa com um tablet, com o qual se acede, através de um programa de realidade aumentada, a animações que ilustram como funcionam o moinho, a forja e o “garavelho”, a típica fechadura de Rio de Onor.
Ambos os pisos permitem o acesso a pessoas com mobilidade reduzida.