Movimento pelo Interior
Conteúdo atualizado em2018/02/0411:16
“Para um desenvolvimento harmonioso do País, para além de promessas eleitorais, deverão ser tomadas medidas arrojadas, deverão ser implementadas políticas eficientes que invertam tendências de esvaziamento regional e que contribuam para uma sustentabilidade demográfica ”.
Estas foram algumas das palavras proferidas pelo Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, durante a primeira conferência do Movimento pelo Interior, que se realizou, no dia 2 de fevereiro, no Auditório Paulo Quintela, em Bragança, e que reuniu pessoas de diversas localidades do Interior do País, muitos dos quais autarcas.
O Presidente da Câmara Municipal de Bragança defendeu, assim, para o Interior, medidas concretas, como a atribuição, às NUT III de fronteira e NUT adjacentes, o estatuto jurídico de interioridade, beneficiando, desta forma, de medidas fiscais, como IRC zero para as empresas que se instalem nestes territórios, redução de IVA para valor igual ao praticado em Espanha, diminuição no valor da tarifa de energia elétrica e gás natural, isenção de derrama às empresa e redução de 50% no IRS para os cidadãos que residam e trabalhem nas NUT III. Reivindicou, ainda, mais apoios à natalidade e fixação de novos residentes no meio rural, a estruturação de uma correta distribuição dos fundos provenientes da União Europeia, bem como a implementação de um projeto dinamizador de potencialidades das regiões do Interior e a aposta no investimento público e criação de emprego público, entre muitas outras medidas que considera importantes para “ultrapassar os desequilíbrios que têm vindo a consolidar assimetrias”, já que “sem o desenvolvimento sustentável de todas as regiões, dificilmente o País ganhará competitividade internacional, numa economia mais global e competitiva”.
Recorde-se o Movimento pelo Interior visa a definição de medidas de políticas públicas, para que contribuam, num prazo de 12 anos, à reversão da situação que hoje se vive nos territórios do Interior, contando, para isso, com a realização de cinco conferências regionais e um grande debate nacional, em Lisboa.