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I Feira Ibérica de Sustentabilidade Ibérica foi um sucesso
Organizada pela Câmara Municipal de Bragança, em parceria com Instituto Politécnico de Bragança, o Núcleo Empresarial da Região de Bragança, a Diputación de Zamora (Espanha) e o Instituto de Recursos Naturales y Agrobiología de Salamanca (Espanha), a iniciativa, financiada pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça 2007-2013 – POCTEP, contou com a presença de cerca de 70 expositores ibéricos, que, instalados na Praça Camões, deram a conhecer as mais recentes novidades na área da sustentabilidade urbana.
Os workshops, que decorreram, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, sob as temáticas Eco-Produtos, Eco-Turismo, Eco-Construção e Eco-Energia, reuniram alguns dos mais reconhecidos especialistas ibéricos, como José Maria González Vitón, Ricardo Blanco, António Sá da Costa e Lívia Tirone, entre muitos outros.
Veja os vídeos da I Feira Ibérica de Sustentabilidade Ibérica:
Eco-Produtos
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Rui Tadeu - “Ecoprodutos e Tradição na Ruralidade”
Nota biográfica de Rui Tadeu
Empresário e gestor rural, é gerente da empresa Quinta da Veiguinha – Queijaria Artesanal, Lda, da Sociedade Agrícola Quinta do Barracão da Vilariça, e da empresa Resguardo, Construção, Lda. Impulsionador da recuperação do Queijo Terrincho e responsável de unidades de turismo no espaço rural.
No campo associativo foi presidente da direcção da Agrobio – Associação Nacional de Agricultura Biológica, presidente da direcção da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Vila Flor e Ansiães e presidente da comissão instaladora da ANCOTEC – Associação Nacional de Criadores de Ovelhas Churras da Terra Quente.
António Mantas - “Qualificação e Certificação de Eco-Produtos. Evolução da Agricultura Biológica em Portugal”
Nota biográfica de António Mantas
Gerente da Sativa – Controlo e Certificação de Produtos, Lda, principal empresa Portuguesa de certificação de produtos e sistemas agrícolas, alimentares, florestais e turísticos, em particular em modo de produção biológico. Engenheiro Agrónomo pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa e Mestre em Agricultura Biológica pela Universidade de Barcelona.
Foi secretário-geral da Tradição e Qualidade – Associação Interprofissional para os Produtos Agro-Alimentares de Trás-os-Montes e foi presidente da direcção da Trallosmontes – Associação para a Valorização dos Produtos de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Carlos Palacios Riocerezo - “Perspectivas de la Producción Ecológica en el Mercado Ibérico”
Nota biográfica de Carlos Palacios Riocerezo
Doutor em Medicina Veterinária pela Universidade de León. Especialista em modo de produção biológico e colaborador da FEPECO – Federación Española de Empresas con Productos Ecológicos. Investigador e Professor Associado da Universidade de Salamanca. Membro do grupo de especialistas de produção biológica da Comissão Europeia.
No seu conjunto, as apresentações do Workshop “Eco-Produtos” trataram sobretudo dos produtos que constituem denominações de origem protegida e especialidades de uma dada região (com exemplos concretos), do seu controlo e certificação e do caso particular dos produtos produzidos e certificados em modo de produção biológico, na Península Ibérica, Europa e no resto do Mundo.
Os produtos característicos de uma dada região, produzidos de forma tradicional e que estão legalmente protegidos e identificados, constituindo especialidades regionais/locais, podem contribuir decisivamente para combater a desertificação humana do espaço rural, respeitando os ecossistemas e favorecendo a conservação das raças autóctones e variedades locais.
Como tal, enfatizou-se a importância de políticas que reforcem a competitividade das empresas que actuam e produzem localmente, reduzindo simultaneamente a extensão do circuito que liga produtores a consumidores, de modo a garantir que uma maior e mais justa fracção do valor gerado permaneça na área de produção e no espaço rural.
Neste contexto, a qualificação e certificação destes produtos adquire uma importância acrescida, beneficiando os produtores pela diferenciação dos seus produtos, os comerciantes pela garantia de qualidade do que comercializam e os consumidores pela caracterização e segurança dos produtos que consomem. Em termos práticos a certificação garante que é verdade o que é anunciado, que é seguro consumir/adquirir e que são tidas em conta e respeitadas preocupações ambientais e/ou sociais no processo de produção.
Foi dada atenção particular atenção aos produtos produzidos e certificados em modo de produção biológico, na Península Ibérica, na Europa e no Mundo. Apresentou-se a produção biológica como um bem social, devido à protecção ambiental que implica, ao bem-estar animal que proporciona e ao desenvolvimento rural que gera, existindo, por outro lado, um volume cada vez maior de informação científica que comprova que os produtos biológicos são mais saudáveis e ricos em nutrientes, para além de serem mais saborosos.
Apesar da produção biológica ter vindo a crescer na Península Ibérica (sendo Portugal o 6º país europeu em termos de proporção de área agrícola em regime biológico e a Espanha o 10º), cerca de 80-90% dos produtos biológicos produzidos na Pensínsula são exportados, existindo ainda um consumo muito limitado em Portugal e Espanha comparativamente aos países do Centro e Norte de Europa. Enfatizou-se a importância-chave de comunicar as vantagens destes produtos aos consumidores ibéricos e a necessidade de aproximar produtores e consumidores, de modo a reduzir os preços de venda, que são ainda uma limitação à sua comercialização, permitindo também que uma maior proporção do valor gerado permaneça nas comunidades rurais.
Salientou-se porém que, num contexto de crise económica generalizada, o consumo de produtos biológicos tem crescido significativamente em Espanha, com um incremento igualmente muito importante dos espaços de venda destes produtos em Portugal, enquanto que o consumo dos produtos provenientes da agricultura tradicional tem-se reduzido em todos os sectores. Esta tendência, posiciona a agricultura biológica numa situação muito particular, acrescentando vantagens económicas às vantagens ambientais, sociais e de saúde anteriormente enfatizadas.
Eco-Turismo
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Ana Berliner - “Casa da Cisterna/Castelo Rodrigo – Turismo Rural e de Natureza na Região de Riba-Côa”
Nota biográfica de Ana Berliner
Sócia-Gerente da unidade de turismo em espaço rural Casa da Cisterna, é Bióloga formada na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Elemento da direcção da ATN – Associação Transumância e Natureza, na qual já exerceu as funções de presidente da direcção. A ATN gere a Faia Brava, primeira área protegida privada de Portugal.
Alexandra Lopes - “Turismo Ornitológico em Portugal: Potencialidades e Panorama Actual”
Nota biográfica de Alexandra Lopes
Coordenadora do Departamento de Cidadania Ambiental da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, é Licenciada em Biologia pela Universidade de Lisboa e Mestre em Gestão de Recursos Biológicos pela Universidade de Évora. Já exerceu as funções de Directora Administrativa da SPEA e encontra-se actualmente envolvida em diversos projectos de desenvolvimento do Turismo Ornitológico em Portugal.
Ricardo Blanco - “El Club de Producto Ecoturismo en España”
Nota biográfica de Ricardo Blanco
Responsável da Área de Turismo Sustentável da Sudirección General de Desarrollo y Sostenibilidad Turística de Turespaña, é Licenciado em Biologia pela Universidad Complutense de Madrid. Desempenha funções de planificação do turismo sustentável em Espanha, estando envolvido no plano de fomento do turismo de Natureza em Espanha e no desenho e promoção do ecoturismo num conjunto de destinos seleccionados, como os parques acreditados pela Carta Europeia de Turismo Sustentável.
As apresentações do Workshop “Eco-Turismo” abordaram o eco-turismo em diferentes escalas: desde casos particulares de exploração turística, passando pelo sub-sector do turismo ornitológico em Portugal, até à apresentação de uma estratégia de planificação e valorização do turismo de natureza em Espanha.
Foi apresentado um caso concreto de turismo rural e de natureza da região de Riba-Côa, atendendo aos passos tomados para a sua constituição e posterior exploração, as dificuldades sentidas e os resultados conseguidos. Enfatizou-se como está a ser possível garantir a sustentabilidade e crescimento de uma unidade hoteleira através da valorização das especificidades da região onde se localiza e das muitas mas frequentemente negligenciadas mais valias naturais e culturais que essa região contém e pode gerar. Apresentou-se igualmente a primeira área protegida privada de Portugal (a Faia Brava), porque foi criada e de como as medidas de gestão que estão a ser implementadas estão a contribuir para a conservação da natureza no local e para produção e valorização de produtos tradicionais a ela associados.
Apresentaram-se e discutiram-se as potencialidades, situação actual e evolução do turismo ornitológico em Portugal e no Mundo. Apesar da dimensão da procura por este tipo de turismo a nível global ser imensa (estima-se que existem cerca de 100 milhões de observadores de aves no Mundo), esta oferta turística em Portugal ainda se encontra num estado muito incipiente de crescimento. Para que o turismo ornitológico se desenvolva de forma significativa e sustentada no nosso País, é necessário estabelecer um estratégia de âmbito nacional ou inter-regional para o sector, apostar na formação, aumentando o número de guias especializados e apostar na profissionalização dos serviços, disponibilizar informação adequada para operadores e potenciais turistas, e garantir uma promoção abrangente dos produtos turísticos que a nossa avifauna e mais valias naturais e culturais podem proporcionar.
Foi apresentado o “Club de Producto Ecoturismo” em Espanha, como um método adoptado pelo Turismo de Espanha para organizar o turismo de natureza no país vizinho. O Club de Produto constitui um método de trabalho pensado para valorizar a cadeia de valor turístico desde o recurso (ex. paisagens, biodiversidade) até ao produto turístico final, trabalhando de forma integrada com os governos regionais e com o sector privado. O Club de Produto atende ao recurso turístico-base, aos equipamentos necessários para gerar o produto turístico, formação, promoção, avaliação e financiamento.
Esta abordagem tem possibilitado um crescimento significativo deste tipo de turismo em Espanha, em particular em parques naturais que aderiram à Carta Europeia de Turismo Sustentável, reservas da Biosfera com elevado nível de gestão e, com menor intensidade, em sítios da Rede Natura 2000.
Eco-Energia
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Joaquim Borges Gouveia - “Energia, Sustentabilidade, Cidadania”
Nota biográfica de Joaquim Borges Gouveia
Professor Catedrático e director do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro, sendo também coordenador da Unidade de Investigação – Governança, Competitividade e Políticas Públicas do Instituto de Investigação da Universidade de Aveiro. Presidente da direcção da Associação RNAE – Rede Nacional das Agências de Energia e Ambiente, foi membro da direcção do Conselho Empresarial do Centro para a Inovação e Competetividade e para a Incubação e Empreendedorismo.
António Sá da Costa - “Energia Renovável em Portugal: Presente, Passado e Futuro”
Nota biográfica de António Sá da Costa
Presidente da direcção da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, membro da direcção da APE – Associação Portuguesa da Energia, e vice-presidente da EREF – European Renewable Energy Federation, foi indigitado para presidir ao Centro Ibérico de Energias Renováveis e Eficiência Energética que se irá criar em Badajoz. Engenheiro Civil pelo Instituto Superior Técnico, é Mestre e Doutor pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology. Foi fundador e administrador do Grupo Enersis durante 20 anos.
Luis Ini - “Un Modelo Energético Basado en las Renovables”
Nota biográfica de Luis Ini
Redactor da revista espanhola Energías Renovables e do portal internet http://www.energias-renovables.com , é responsável pela componente do portal dedicada à América e coordenou a edição de dois números especiais desta revista dedicados ao continente americano; escreve igualmente sobre casos especiais das energias renováveis en diversos países europeus. Tendo estudado Sociologia, é jornalista há quase 30 anos, muitos dos quais dedicados à divulgação científica e histórica. Nascido em Buenos Aires, vive em Espanha há uma década.
No workshop “Eco-Energia” apresentou-se e discutiu-se o passado, presente e futuro energético de Portugal, da Península Ibérica e do Mundo, com particular enfoque na utilização de fontes de energia renovável e da sua evolução a curto e médio prazo.
Discutiu-se a energia, sustentabilidade e cidadania em Portugal. Apesar dos desenvolvimentos verificados, Portugal continua grandemente dependente do exterior em termos de energia, porém é razoável admitir que, num prazo de 20 anos, Portugal poderá (deverá) ter capacidade endógena para produzir pelo menos a maior parte da energia de que necessita. Para tal, a aposta nas energias renováveis é fundamental e há que ter em conta que quando se fala de energia e desenvolvimento sustentável há que atender a 3 vértices principais: (i) competitividade, inovação, globalização; (ii) responsabilidade social, ética, filantropia; e (iii) ambiente, energia, sustentabilidade. Por outro lado, a eficiência energética é um aspecto-chave nesta equação e só se consegue atingir combinando, inovação, tecnologia e consciencialização dos consumidores. Para atingir a sustentabilidade é necessário ter cidadãos conscientes e activos.
O incremento da eficiência energética implicará a diminuição dos custos energéticos e ambientais, redução dos gases com efeito de estufa, promoção das “energias limpas”, combate às alterações climáticas, e um território mais sustentável e mais competitivo.
Foi efectuado um ponto da situação da utilização e investimento em energias renováveis em Portugal, assumindo-se um momento de mudança de paradigma energético. O Plano Nacional para as Energias Renováveis apresentado em 2010 à União Europeia assume como objectivo que em 2020 cerca de 31% da energia total gasta em Portugal seja proveniente de fontes renováveis e de facto as tendências e perspectivas de crescimento do sector são muito importantes sendo possível ultrapassar essa meta, com grandes implicações económicas e ambientais. Pode-se assumir que o sector das energias renováveis é actualmente o sector económico onde Portugal tem um papel mais importante em termos internacionais.
Discutiu-se se faz sentido implementar um modelo energético baseado em fontes renováveis, e as questões fundamentais levantadas foram: será possível? E será necessário? Estas questões envolvem a eficiência energética, segurança ambiental, e questões geoestratégicas.
Num contexto em que se prevê que as reservas de petróleo se esgotem num prazo de 40-60 anos, mais do que uma possibilidade a utilização fulcral de energias renováveis será uma necessidade e o investimento e tecnologia para tal tem evoluído muito nos últimos anos. Para cada área é possível delinear uma combinação favorável de diferentes formas de obtenção e exploração de fontes de energias renováveis, constituindo igualmente uma forma de reduzir drasticamente a dependência da Europa do exterior, enquanto que o sector serve de motor ao desenvolvimento económico ibérico e europeu.
Daqui a um século o petróleo não será mais do que uma recordação.
Eco-Construção
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Aline Delgado - “Eco-Produtos para a Construção de Edifícios. Exemplos de Aplicação”
Nota biográfica de Aline Delgado
Mestre Arquitecta da empresa Ecotectura – Arquitectura e Planeamento Sustentável, desenvolveu trabalho em vários ateliers de Arquitectura e em Construtoras na Direcção de Obra, tendo coordenado diversos projectos centrados nas premissas da construção sustentável. Foi dirigente da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, onde criou e coordenou a área da Construção Sustentável. Autora do Projecto Edifício Verde, edifício demonstrativo de construção sustentável, que implementou. É uma das responsáveis do Portal da Construção Sustentável http://www.csustentavel.com .
Livia Tirone - “Prosperidade Renovável”
Nota biográfica de Livia Tirone
Arquitecta e administradora da empresa Tirone Nunes é, desde 1991, pioneira na área da construção sustentável em Portugal. É autora do livro “Construção Sustentável” e promotora da iniciativa com o mesmo título. Presidiu ao grupo de trabalho Sustainable Construction Methods and Techniques da União Europeia. Presidente do conselho directivo da Living Lab. Entre 2004 e 2009 foi administradora delegada da Agência Municipal de Energia e Ambiente de Lisboa.
Wolfgang Berger - “El Estandar Passivhaus – La Energía mas Barata que no se Consume”
Nota biográfica de Wolfgang Berger
Arquitecto especializado em estudos energéticos pela Universidade de Karlsruhe, Alemanha, é sócio-fundador da Plataforma Edificación Passivhaus, associação que promove e desenvolve o standard Passivhaus em Espanha. Este standard aproveita ao máximo o clima, condições de temperatura, vento, insolação, de cada área, reduzindo ao mínimo o recurso a energia externa para aquecer ou arrefecer as habitações. É responsável pela empresa de projectos sustentáveis Arkimo.
No workshop de Eco-Construção enfatizou-se a importância de adoptar e implementar princípios de construção sustentável e a melhor forma de aproveitamento dos recursos naturais utilizados no processo construtivo. Foram apresentados e discriminados casos concretos de construção sustentável e discutida a sua contribuição para uma mudança de paradigma económico que nos possa conduzir para uma prosperidade renovável.
Hoje em dia mais de 50% dos recursos materiais extraídos da Natureza são destinados, directa ou indirectamente, para a construção, sendo essencial que se racionalize este processo para garantir a sua sustentabilidade ambiental, social e económica. Neste contexto, a análise do ciclo de vida dos materiais e produtos utilizados na construção deve ser prioritária e cuidada, procurando maximizar o emprego de “ecoprodutos”.
Actualmente já existe um conjunto diversificado de produtos e materiais para construção, produzidos em Portugal que respeitam critérios ambientais, traduzindo-se na utilização de produtos naturais renováveis de produção local, tendo sido apresentados exemplos concretos de materiais, moradias e urbanizações que seguem os princípios da construção sustentável.
Foi discutida a importância da construção sustentável na busca de soluções para erradicar a pobreza e garantir uma prosperidade renovável. Para tal, é necessário conseguir um crescimento económico assente em recursos infinitos, como a inteligência o sol, chuva, vento.
Portugal é um dos países da UE com melhores índices de radiação solar, vento e precipitação, no entando o seu aproveitamento ainda é incipiente. É necessário saber aproveitar (sol e vento) e armazenar (água). Defendeu-se que Portugal pode ser um dos países mais prósperos da Europa logo que saiba transformar de um modo descentralizado e equitativo os seus recursos endógenos renováveis.
Salientou-se que a construção sustentável assenta em princípios de robustez, eficiência, transparência, eficácia, inteligência, preparação e conectividade e apresentaram-se soluções de planeamento urbano, de salubridade e conforto ambiental, de melhoria do desempenho energético e ambiental dos edifícios, de aproveitamento da água da chuva e de reciclagem de águas cinzentas, como medidas que podemos implementar desde já. As decisões de compra condicionam o futuro e desenvolvimento dos produtos, sendo essencial que cada um de nós equacione com sentido crítico as opções diárias que toma.
Foi apresentado o standard Passivhaus, um standard energético de eco-construção que implica um aproveitamento particularmente eficiente das características climáticas de cada lugar, condições de temperatura, vento, insolação, reduzindo ao mínimo o recurso a energia externa para aquecer ou arrefecer as habitações.
Este standard pode ser seguido tanto na região mediterrânica como no centro e norte da Europa e trata-se de um sistema passivo de regulação energética que respeita um conjunto de regras de optimização da eficiência energética dos edifícios, relativas à sua compacticidade e orientação, isolamento térmico, hermeticidade, protecção solar e ventilação.
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